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Meu DVD de mensagem!

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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Culto Engessado!





CULTO ENGESSADO!

Quando a tradição atrapalha o culto...

Publicado na revista Vida Cristã - 1o Trimestre de 2010.



Pr. Deivinson Bignon

“E ele, respondendo, disse-lhes: Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim; em vão, porém, me honram, ensinando doutrinas que são mandamentos de homens” (Marcos 7.6,7).

Quando tradições humanas contradizem a Bíblia, o que devemos fazer? Qual é a fonte das divisões religiosas em nosso mundo?

Estas são perguntas inquietantes. Sua mente já sentiu vertigem ao pensar nelas... Se o seu coração já perdeu o ritmo ao ver a carranca do tradicionalismo abocanhar a sua fé e destroçar o seu culto pessoal, você precisa ler Marcos 7.1-30.

Neste texto, Jesus avisa sobre a contaminação das tradições humanas. Os fariseus e escribas perguntaram por que os discípulos de Jesus não guardavam as tradições dos anciãos a respeito da lavagem das mãos antes das refeições (vv.1-5). Esta pergunta não foi feita por causa da preocupação com a boa higiene. Ela foi feita com um propósito maligno: engessar o culto vivo e espontâneo de pessoas simples.

Prepare-se, querida leitora, pois nós dois visitaremos a partir de agora um reino de profundo desespero. O reino do engessamento religioso. Mas, antes de pensar no tradicionalismo, entenda o motivo da provocação dos escribas e fariseus. O ritual do lava-mãos é conhecido por n’tilat-yadayim e é praticado até hoje. Ele era feito para a purificação espiritual dos judeus ortodoxos diante de um mundo que consideravam imundo. Os escribas e fariseus viam a imundície espiritual encarnada nos gentios, por isso precisavam dessa purificação diariamente. Eles acreditavam que se comessem com as mãos ritualmente imundas trariam essa imundície gentia para a própria vida espiritual. O ritual do n’tilat-yadayim era metódico, pois eles deveriam “lavar cuidadosamente as mãos” (v. 3). O método consistia em lavar com água corrente escorrendo entre os dedos, passando pela palma até o pulso. Era uma técnica tradicional e, por isso, muito usada pelos judeus ortodoxos.

O que era a tradição dos anciãos? Era a interpretação oral e expositiva da Lei de Moisés – conhecida em hebraico como Torá. Na Tradição Oral os sábios e rabinos haviam decretado inúmeras regras adicionais. A Mishná (em hebraico, “repetição”, do verbo shanah, “estudar e revisar”) é uma das principais obras do judaísmo rabínico, e a primeira grande redação na forma escrita da tradição oral judaica, chamada a Torá Oral. Provém de um debate entre os anos 70 e 200 d.C. por um grupo de sábios rabínicos conhecidos como Tanaim. Por causa da perseguição dos judeus pelas mãos dos romanos e da passagem do tempo, a Mishná foi redigida por volta do ano 200 d.C. pelo Rabino Judá HaNasi, para que os detalhes das tradições orais não fossem esquecidos. A Mishná é considerada a primeira obra importante do judaísmo rabínico.

Apesar do que você pode estar imaginando agora, Jesus Cristo NÃO era contrário às tradições! Na verdade, Jesus seguiu e manteve várias tradições judaicas, criadas por homens. Por exemplo, nas bodas em Caná, Jesus atendeu à tradição de que o vinho é a alegria do casamento, transformando tonéis de água na preciosa bebida. Ele também observou cada detalhe das festas judaicas tradicionais, especialmente a páscoa. O Senhor, inclusive, aproveitou os símbolos pascais para dar a eles uma nova interpretação no momento da última ceia. Portanto, Jesus não era contrário à toda tradição. Ele conhecia bem o texto de Provérbios. “Não removas os marcos antigos que teus pais fizeram” (Provérbios 22.28).

O Senhor não era contrário a todas as tradições humanas, mas era contrário àquelas tradições que os homens criavam para invalidar a Palavra de Deus! Observe os versículos 8, 9 e 13. A ênfase recai na expressão “suas tradições”.

Então, como o Senhor Jesus se posicionou diante dos excessos dos engessadores de culto? Ele citou o Antigo Testamento em sua resposta (vv. 6-13). Ele aplicou as palavras de Isaías 29.13 aos judeus de sua época (vv. 6,7) e citou passagens da Lei de Moisés sobre a responsabilidade de honrar pai e mãe (Êxodo 20.12; 21.17; Levítico 20.9; Deuteronômio 5.16) para mostrar que as tradições destes líderes contradiziam os princípios da Lei de Deus (vv. 9-13). Jesus Cristo denunciou que a boa tradição do Korban – palavra dada aos diversos tipos de sacrifícios e ofertas dentro do sistema religioso judaico – estava sendo usada pelos escribas e fariseus como pretexto para invalidar o quinto mandamento. O que motivou os engessadores do culto a interpretarem que a tradição do Korban era válida, ainda que o ofertante estivesse desobedecendo a Lei de Moisés, era a pura ganância. Jesus os corrigiu, estabelecendo as prioridades certas.

O Senhor continuou sua resposta, falando com a multidão e depois com os discípulos em particular, dizendo que a contaminação não vem de fora (nos alimentos), mas do coração impuro (vv. 14-23). Jesus sabia que é do coração do homem que sai as suas impurezas, pois o coração é enganoso (Jeremias 17.9). O tradicionalismo engessa a alma a ponto de o ser humano infectado por ele se achar superior aos outros, excluindo aqueles que não compartilham de sua visão de mundo.

Para contrapor essa triste realidade do coração engessado, Jesus fez um teste surpreendente. Na terra de Tiro, uma mulher grega de grande fé pediu a ele que expulsasse o demônio de sua filha (vv. 24-30). Por que Jesus não expulsou o demônio da menina siro-fenícia no exato momento em que a mãe dela fez o pedido? Ele queria testá-la. Jesus mostrou que sua missão foi para ir primeiro aos judeus, mas que ele ajudaria, também, os gentios. Ao contrário da postura excluidora e preconceituosa dos engessadores de culto, o nosso amado Jesus tinha o seu coração repleto de amor e compaixão pelas almas perdidas do mundo inteiro.

Como vai o seu coração, querida irmã? Ele está cheio de gesso? Quebre agora mesmo as amarras que ainda prendem a sua vida espiritual e renda-se a Deus num culto vivo e espontâneo.

Paz e bênçãos...
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Deivinson Bignon é pastor auxiliar da IEC de Vila Paraíso, em São Gonçalo (RJ), conferencista, escritor, graduado em Letras e mestre em Ciências da Religião, com especialização em Bíblia.

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COMENTÁRIO DE UM LEITOR DA REVISTA VIDA CRISTÃ

Olá. A paz de Cristo a todos.

Gostaria de fazer um breve comentário em duas partes sobre a matéria "Culto Engessado" da edição do 1° trimestre de 2010.

Primeiramente, gostaria de parabenizar o autor, o Pr. Deivinson Bignon, por este artigo. Artigo este, que tem tudo a ver com nossos dias atuais. Porém, gostaria de acrescentar algumas coisas a este artigo.

Primeiro. Vivemos em uma era em que assistimos constantemente a cultos engessados, alíais, vou além, cultos frios, hipócritas, sem a presença de Deus, sem unção, etc. Claro que não são todos, mas tenho vivido isto na igreja que "faço parte".

Os pastores, parecem com os fariseus do texto de Marcos 7. Jesus disse em Mt.23 a partir do versiculo 3: "Observai, pois, e praticais tudo o que vos disserem; mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não praticam." O que Jesus quis dizer com isto? Que os próprios mestres da lei, não faziam àquilo que eles mesmo ensinavam ao povo. Criaram inúmeras leis e tradições, como a que comenta o autor sobre o "lava mãos".

Sabe, estas coisas, criadas por homens ainda acontecem nos nossos dias, alias, acontecem com muita frequencia, pois, o fim está proximo. Isto tem levado a uma desmotivação por parte de pessoas. Eu particularmente não to conseguindo mais ficar nestes cultos, nessas reuniões melhor dizendo, nem tenho conseguido adorar no templo. Tá dificil. Mas, a Biblia disse que seria assim. "Voces serão expulsos das sinagogas, por causa do meu nome", disse Jesus, fazendo uma referência à perseguição. Porque o importante para o fariseu é a aparência.

O segundo ponto tem a ver com o quarto parágrafo do artigo, onde diz: "O detalhe é que Jesus Cristo não era contrário às tradições".. Claro que Jesus não era contrário às tradições e as leis. Mas como? Jesus veio cumprir a lei. Toda a lei e os profetas foram cumpridos em Jesus. Mas quando Jesus não foi contrário a estas coisas? Em que tempo? Foi quando Ele ainda estava vivo. A partir de sua morte e ressurreição foi firmada a Nova Aliança, o véu do templo se rasgou, quando Ele disse: "Está consumado".

Jesus, quando estava na Terra, participava dessas coisas: ia as festas judaicas, pagava tributos, ia ao Templo, etc. É por isso que hoje estamos livres. Livres da lei, das tradições.

Em Mateus 23.23 Jesus diz: "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dais os dizimos da hortelã, do endro e do cominho e desprezais o mais importante da lei, o juizo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer essas coisas e não omitir aquelas." Muitos pregadores utilizam este versiculo para dizer que Jesus apoiava o dizimo no NT, mas a ênfase de Mt 23 nao é essa. O título do texto diz: "Jesus censura os escribas e os fariseus'. Jesus, quando disse, não poderia ser contra o dízimo (umas das tradições judaicas), pois Ele ainda não tinha morrido. Jesus cumpriu toda lei, para nos dar uma melhor!

O próprio Jesus disse que o mais importante é o juizo, a misericórdia e a fé. E os próprios fariseus que batiam no peito dizendo que eram dizimistas, erravam em não providenciar assistência aos pobres, às viuvas e os estrangeiros. E isso tem acontecido nos dias de hoje. Exploram os pobres e viuvas, querem encher os bolsos, mas cuidar das ovelhar, ninguem faz. Alíais, a principal função de um pastor é cuidar das ovelhas. O que temos hoje em dia, são conferencistas, pessoas muito "inteligentes", doutores, mestres, mas na hora de se envolver com as coisas do Reino, não fazem. Hipócritas!

Vivamos na Palavra. Vivamos Gl 3 18-20: "Porque, se torno a edificar aquilo que destruí, constituo-me a mim mesmo transgressor. Porque eu, pela lei, estou morto para a lei, para viver em Deus. Já estou crucificado em Cristo; e agora vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim."

Paremos de ser hipócritas, vamos viver a novidade de vida. Vamos nos entregar inteiramente à Deus, nossas familias, nosso ser, nossas finaças, etc. Tudo é do Senhor. Porque Dele e por Ele e para Ele são todas as coisas, glória pois a Ele eternamente, amém!

Ap 3.20: "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele e ele comigo."

Não deixemos Jesus do lado de fora!

Editora Contextualizar

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