Em Busca da Intimidade Perdida - Trailer

Meu DVD de mensagem!

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segunda-feira, 20 de abril de 2009

Luz, câmera, pregação!




Por Luiz Carlos Ramos

A prática homilética contemporânea é moldada pela sociedade do espetáculo. A base principal dessa sociedade espetacular é a economia de mercado globalizada, aliada aos meios eletrônicos de comunicação de massa e à tecnologia da informação, de onde surge o seu principal produto: a indústria do entretenimento. Nessa sociedade, dá-se, sistematicamente, o processo de degradação do ser para o ter e do ter para o parecer.

Os meios eletrônicos, tais como o rádio, a TV e a Internet são, basicamente, instâncias recreativas, instrumentos de diversão, parques de entretenimento. Como meios espetaculares, representam (encenam) a realidade. Não são a realidade, mas refletem imagens do real, como espelhos (specculum). A fruição dessa não-realidade implica na alienação da vida, ainda que por alguns instantes, pela contemplação da representação do real que se vê nas telas e monitores, ou que se ouve nos receptores de rádio. Essa suspensão da existência é precisamente o sentido da palavra entretenimento: ter+entre. Abre-se um parêntese na vida real, para que se possa assistir à vida representada. Por que isso acontece, isto é, por que as pessoas abrem esses parênteses em suas vidas com freqüência cada vez maior, não cabe aqui discutir. O fato é que assim é.

Princípios homiléticos espetaculares

Os princípios espetaculares regem a homilética espetacular. Enquanto na homilética convencional as bases da prédica são as teologias bíblica, sistemática e pastoral, por meio dos processos exegéticos, hermenêuticos e retóricos, na homilética espetacular essas bases são outras.

Primeiramente, em lugar da exegese, que seria o processo pelo qual o intérprete visita o texto bíblico em busca de sua história e do seu sentido primeiro, a homilética espetacular prefere a eisegese, que é o processo pelo qual o intérprete projeta sobre o texto as suas próprias idéias. Isso porque a história como memória significativa de um povo não interessa para o mundo do espetáculo. Este, ao contrário, se alimenta do novidoso. A história só interessa enquanto servir para os propósitos da indústria do entretenimento. Por exemplo: a história do Dia Internacional da Mulher não interessa à mídia como história da conscientização de pessoas a partir de uma tragédia que vitimou 129 mulheres operárias, na cidade de Nova Iorque, no dia 8 de março de 1857. Por isso, sem pudor, a publicidade aproveita a ocasião para vender lingerie, cosméticos e outros artigos de moda. O espetáculo refaz a história segundo os seus próprios interesses, num procedimento eisegético sistemático.

Em segundo lugar, enquanto a homilética convencional mediante o procedimento hermenêutico procura atualizar a mensagem do texto bíblico à luz da tradição e do testemunho acumulado historicamente pela Igreja, a homilética espetacular opta pela “pesquisa de opinião”. A homilética, para subsistir no mundo do espetáculo, precisa agradar às massas. Deve, portanto, oferecer não o que a massa precisa, mas o que ela quer. Se em outros tempos havia um compromisso de coerência com o que os pregadores supunham ser a verdade, no mundo da mídia a verdade é a opinião pública, o Ibope. Como se trata de um empreendimento demasiadamente oneroso, a homilética da mídia não pode se dar ao luxo de dispensar audiência. Para tanto, procede à constante monitoração desta, e reformula sua proposta de acordo com a adesão conquistada. Em uma palavra, a hermenêutica da mídia é o Ibope. Daí a necessidade dessa homilética de trabalhar com os mesmos mecanismos de sedução da mídia: o apelo ao narcisismo, os estereótipos, o mecanismo de transferência de valores e o fascínio das estrelas, para mencionarmos apenas alguns.

Finalmente, em lugar da retórica sagrada, que se encarrega de traduzir em acontecimento a intenção do pregador ou pregadora — na forma de desafios concretos para a transformação ou confirmação de valores com vistas a um futuro melhor, na homilética espetacular essa escatologia é substituída pela ansiedade imediatista do aqui e agora. Assim como não interessa ao espetáculo o passado, tampouco interessa o futuro. Para a sociedade do espetáculo, tudo é um eterno presente [grifo do editor]. Assim, alimenta-se de uma vertiginosa enxurrada de eventos (por exemplo: as Olimpíadas devem dar lugar à Copa do Mundo, que deve dar lugar às eleições presidenciais, que devem dar lugar às comemorações natalinas, etc., etc.). Não se deve esperar para consumir amanhã o que se pode consumir hoje. A expectativa do celeste porvir, das antigas tradições cristãs, dá lugar ao imediato labor pela satisfação iminente das aspirações de prosperidade e sucesso.

Meios homiléticos espetaculares

Além dos princípios, deve-se pensar a respeito dos meios homiléticos espetaculares. Ora, o meio privilegiado pela homilética convencional é o da alocução, isto é, o processo oral-verbal pelo qual a palavra se torna acontecimento. No caso da homilética espetacular, a palavra deve dar lugar à imagem, e o processo oral-verbal, ao imagético-visual. No primeiro caso, a principal ferramenta persuasiva é a recorrência à metáfora, que, dentre as figuras de linguagem, é a que mais tem a capacidade de sensibilizar o corpo, mas sempre a partir de um disparo intelectual, de um estímulo racional. No caso do espetáculo, o principal elemento de sedução é a metonímia, processo pelo qual se pode tomar a parte pelo todo. Assim se dá o processo de enquadramento das câmeras (de TV, de cinema, da Web...): elas selecionam o assunto, deixando propositalmente de fora o que não interessa. Esse processo gestáltico de seleção (e, por consegüinte, de exclusão) não está imune às ideologias, antes se prestam muito a servi-la. A imagem metonímica, ao contrário da metáfora, faz o caminho do coração para o cérebro, isto é, primeiramente se “sente” uma imagem, depois (às vezes muito depois) se pensa sobre ela.
Como o papel da mídia numa sociedade espetacular comandada pelo mercado é vender produtos, a metonímia imagética torna-se muito útil, pois uma pessoa é convertida em consumidor não pela razão, mas pela emoção. Se o indivíduo pensar muito ele não compra, principalmente os produtos supérfluos. Mas, como já foi dito alhures: a propaganda é a arte de fazer o cliente comprar o que não precisa, com o dinheiro que ele não tem. E isso só acontece por impulso. Depois da compra é que o consumidor parará para pensar (e amargar) a sua impulsividade.

Dessa forma, enquanto a homilética convencional se ocupa principalmente do significado (conteúdo), a homilética espetacular se concentra no significante (forma). O conteúdo espetacular se constitui de mera desculpa para a elaboração de um invólucro atrativo, sedutor, irresistível, capaz de valorizar (atribuir valor) e precificar o seu produto.

Fins homiléticos espetaculares

Também é preciso que se analisem os fins da homilética espetacular. Segundo Gui Debord, o fim do espetáculo é o próprio espetáculo [grifo do editor]. Ele deve constantemente se retroalimentar, pois ele se consome a si mesmo. O espetáculo vive de si mesmo. Note-se a freqüência com que programas da mídia são montados em cima de suas próprias personagens (estrelas). A mídia, constantemente noticia a própria mídia, entrevista a própria mídia, elabora documentários sobre a própria mídia, num verdadeiro círculo vicioso de auto-promoção. Daí a freqüência dos apelos dos telepregadores para que seus telespectadores contribuam para a manutenção do programa. O objetivo é manter o programa no ar, e é por isso que ele vai ao ar: para ficar no ar.

Ora, a homilética convencional enquadrava suas prédicas nas categorias discursivas aristotélicas, a saber: o discurso judiciário, pelo qual interpreta-se e julga-se sobre o passado (procedimento exegético); o discurso demonstrativo, pelo qual se expõe sobre a relevância ou não de certa questão (procedimento hermenêutico), pelo qual algo deve ser louvado ou criticado no presente; e, finalmente, o discurso deliberativo, pelo qual se decide a respeito do futuro (processo retórico), se algo deve ou não ser implementado, deve ou não ser realizado, e de como isso se dará.

Por sua vez, para alcançar seus fins, a homilética espetacular adota outras categorias, oriundas do teatro: a comédia e a tragédia (e suas derivações). Nesses gêneros teatrais, as emoções são preponderantes. O riso e o choro purgam o indivíduo de suas próprias misérias. Pelo riso, o desgraçado alivia suas penas, e pelo choro o abastado se penitencia de suas injustiças.

Da combinação da tragédia e da comédia nasceu o drama. Nessas categorias, joga um papel particularmente importante a música. Não somente como prelúdio e poslúdio, mas como trilha sonora e parte integrante da cena. Portanto, a homilética que melhor se adequa aos meios eletrônicos de massa é aquela carregada de forte teor emocional, que tem a capacidade de provocar na sua audiência, alternadamente, o riso e, principalmente com o curso da música, produzir o choro. Há uma dependência crescente da música, no processo discursivo, particularmente o religioso, contemporâneo [grifo do editor].

Concluindo, a prédica espetacular desafia a homilética convencional, na medida em que se apresenta como fenômeno aliado à ideologia hegemônica do espetáculo-mercado. É a pregação da massificação e do lucro sobrepujando a prédica da resistência e da graça. Os protestantes vivem hoje o que a Igreja cristã experimentou no século IV, sob Constantino: uma religião outrora minoritária e de proscritos, de repente se torna religião oficial e hegemônica.

Em lugar de perseguição, passou a ser vantajoso ser cristão. Assim também os evangélicos brasileiros vivem um processo de constantinização espetacular: outrora proscritos e minoritários, começam a experimentar a notoriedade e a celebridade.

Nem a homilética da idade mídia, nem a da Idade Média tem como foco principal os intersujeitos comunicantes. A primeira se ocupa do significante (da forma) enquanto a segunda, do significado (conteúdo). Ainda é preciso desenvolver uma homilética da Idade Humana, e que, por isso mesmo, seja humanizada e humanizante, menos preocupada com os meios e as técnicas e mais voltada para a experiência relacional e vital entre as pessoas em diálogo, cujas palavras sejam inspiradas pela Palavra de Deus.

Aonde isso nos levará são cenas dos próximos capítulos...

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Luiz Carlos Ramos é doutor em Ciências da Religião
pela Universidade Metodista de São Paulo
e professor de Teologia na mesma instituição.

Fonte: http://www.cristianismocriativo.com.br/

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Crítica a Joyce Meyer




Debbie Dewart

Uma crítica dos livros “Beleza Em Vez de Cinzas” e “Approval Addiction”

Joyce Meyer ficou muito popular através de suas pregações e dos vários livros que escreveu. Embora não seja psicóloga, seus textos freqüentemente fazem referência aos abusos que sofreu na infância, e seus ensinos são parecidos com a “sabedoria” psicológica popular sobre os efeitos do abuso infantil. Esta crítica faz a resenha de dois de seus livros: Beleza em vez de cinzas: Recebendo cura emocional (BC), 2006, e Approval Addiction: Overcoming Your Need to Please Everyone (AA) [O Vício da Aprovação: Superando sua necessidade de agradar todo mundo, em tradução livre; não editado no Brasil], 2005. Com certeza existe alguma verdade nesses livros, mas ela está tão terrivelmente emaranhada com erros de psicologia, que todo cuidado é pouco.

É muito importante enfatizar que o abuso de crianças é um pecado horrível e um problema real na nossa sociedade. Os cristãos precisam demonstrar sua compaixão, compreensão e esperança. O propósito desta crítica não é minimizar a ofensa sofrida ou a gravidade do problema, mas, sim, levar tanto o praticante quanto a vítima desse pecado a buscarem a Deus e à Sua Palavra, e a se afastarem das teorias e métodos falhos da psicoterapia moderna, que parecem ser úteis, mas mantêm as pessoas na escravidão.

A infância conturbada de Meyer serve de cenário para grande parte de seu ensino. Em Beleza Em Vez de Cinzas, Meyer ressalta os abusos que sofreu na infância e expressa sua crença de que muitas pessoas que parecem “íntegras” são, na verdade, extremamente perturbadas interiormente:

Existem muitas, muitas pessoas que parecem ser todas certinhas por fora, mas por dentro são um desastre. Esta era a minha situação antes de aprender que a principal preocupação do Senhor é a minha vida interior. Mateus 6.33 afirma que devemos buscar primeiro o reino (lembre-se, ele está dentro de você) e a sua justiça, e então essas outras coisas nos serão acrescentadas. Sofri abusos sexuais, físicos, verbais e emocionais desde quando consigo me lembrar até o dia em que finalmente saí de casa, aos dezoito anos.

Existe uma mentalidade de vítima que aflora em todos os textos dela.

Mentalidade de Vítima

Um dos problemas mais graves com a psicoterapia moderna, tanto a secular quanto a “cristã”, é a tendência de considerar os indivíduos como vítimas e não como pecadores. Esta mentalidade de vítima está presente em todos os textos de Meyer, como neste exemplo: “Tendo sido ferida e ainda não conhecendo o modo como Deus age, acabei magoando meus próprios filhos”.

O aspecto mais perturbador e antibíblico é esse suposto elo causal entre os abusos sofridos na infância (os pecados dos outros) e os pecados que o próprio indivíduo vem a cometer mais tarde, na vida adulta. Meyer faz afirmações radicais sobre essa relação causal:

Começar a vida enraizados num sentimento de rejeição é o mesmo que ter uma rachadura no alicerce da nossa casa (AA, p. 186).

Meu único sistema de referência era o modo como fui criada. Eu tinha raízes podres, doentes e, portanto, meus frutos eram maus (AA, p. 190).

Meyer propõe uma cadeia de causalidade que atinge uma geração após a outra:

Freqüentemente, pessoas problemáticas se casam com pessoas problemáticas. Depois de destruírem uma à outra, seus problemas são transferidos aos filhos, que por sua vez se transformam na próxima geração de pessoas problemáticas e atormentadas. Se retrocedermos o suficiente ao longo dessa cadeia causal, chegaremos a Adão e Eva, que não tinham pais terrenos a quem responsabilizar – mas tentaram botar a culpa em Deus.

A teoria de Meyer sobre a ira mostra muito bem a direção em que esse caminho nos leva. A Escritura tem muito a dizer sobre a ira pecaminosa (veja, por exemplo, Provérbios 15.1, Efésios 4.25-31, Colossenses 3.8, Gálatas 5.19-20), mas Meyer a atribui aos pecados de outras pessoas, e não ao coração da própria pessoa irada:

[...] quando examinamos a questão da raiva excessiva, verificamos que sua raiz geralmente está em problemas do passado (AA, p. 143).

Pessoas que foram feridas não ficam apenas com raiva, mas muitas vezes procuram também uma compensação pelas injustiças que sofreram (AA, p. 147).

Seguindo o raciocínio de Meyer, chegamos à conclusão de que quando uma pessoa irada procura vingança, a culpa, na verdade, é de uma outra pessoa. Rebelião, pobreza, “vício em aprovação”, incapacidade de manter bons relacionamentos, sentimentos de rejeição, auto-imagem ruim, vergonha internalizada, mas também realizações positivas, supostamente têm origem no que outras pessoas fizeram no passado:

A raiz da rebelião freqüentemente é a rejeição. Pessoas rebeldes passaram pelo sofrimento de serem rejeitadas. Essas pessoas são agressivas, e sua agressividade é uma raiva interna que se manifesta como rebeldia (AA, p. 197).

A causa principal do vício em aprovação é geralmente uma ferida emocional (AA, p. 106).

Pessoas que sofreram abusos, que foram rejeitadas ou abandonadas, geralmente são inseguras [...] esses indivíduos são dominados por sentimentos de vergonha e culpa, e têm uma auto-imagem muito ruim (BC).

Uma vez, ouvi dizer que 75 por cento de todos os líderes mundiais sofreram abusos e experimentaram uma forte rejeição. Quando ouvi essa estatística, fiquei assombrada. Mas isso acontece simplesmente porque os indivíduos que sofreram abusos e rejeições se esforçam mais do que a maioria das pessoas para realizar alguma coisa importante, para serem aceitos (AA, p. 198).

Como Meyer pode ter certeza de que os que foram ofendidos, mas conseguiram realizar algo importante, fizeram isso para serem aceitos pelos outros? Como ela explicaria os pecados dos que não sofreram abusos graves, dos que cresceram em lares crentes, mas se desviaram? E quanto às pessoas que realizam grandes feitos, mas não foram vítimas de abusos na infância? Onde se encaixa a responsabilidade pessoal pelo pecado neste quadro em que tantos problemas da vida são atribuídos aos pecados de terceiros?

Cura das Memórias

Esse foco nos pecados que outras pessoas cometeram no passado geralmente leva a uma ênfase na recordação desses pecados e no “tratamento” dessas lembranças:

Essas pessoas [que estão sendo curadas dos abusos] precisam sair de seu estado de negação e encarar a verdade. Pode haver coisas que elas esqueceram porque eram dolorosas demais, coisas que terão que ser recordadas e enfrentadas durante o processo de cura (BC).

Um versículo bíblico é usado fora de contexto para dar apoio a essa tese:

Pessoalmente, sempre achei que o colapso emocional de minha mãe foi o resultado dos anos de abuso que ela havia sofrido e do fato de ela se recusar a enfrentar e lidar com a verdade. Lembre-se de que, em João 8.32, nosso Senhor nos disse: “e conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará” (BC).

Essa passagem de João é citada freqüentemente por psicólogos para justificar o tema da cura das memórias, mas a verdade, no contexto desse versículo, é o evangelho, não os fatos sobre abusos passados. Não existe nenhum lugar na Escritura que nos mande relembrar, trazer à tona ou repetir os pecados cometidos contra nós no passado para que nosso processo de santificação possa avançar.

Necessidades Não-Satisfeitas

A mentalidade de vítima também tende a enfatizar as necessidades individuais não-satisfeitas, em vez do serviço a Deus e ao próximo. Como muitos outros, Meyer alega que Deus pode preencher o vazio e satisfazer essas necessidades:

[...] se enquanto você estava crescendo não recebeu tudo o que precisava para ficar forte e saudável, Jesus terá prazer em lhe dar tudo isso agora (BC, citando Efésios 3.17, Colossenses 2.7, João 15.5).

Será que Deus supre as nossas necessidades? Claro que sim! Devemos pedir-Lhe que supra nossas necessidades legítimas, segundo Suas riquezas? Sim! Entretanto, o problema está na definição dessas necessidades quando o foco é colocado no eu – aceitação, aprovação e prazer – em vez de, por exemplo, ousadia para pregar o evangelho ou recursos para servir a Deus. Além disso, Meyer (e outros) critica os que põem suas próprias necessidades em segundo plano para servir aos outros: “Pessoas que querem agradar os outros costumam abrir mão de suas próprias necessidades legítimas regularmente, e com muita facilidade” (AA).

Negligenciar necessidades realmente legítimas (por exemplo, a saúde ou o sono) para atender a propósitos ímpios de outras pessoas e obter sua aprovação pode ser um problema. No entanto, a Bíblia nos diz que devemos colocar Deus e os outros acima de nós mesmos, às vezes deixando de lado nossas próprias necessidades e desejos, por amor ao reino de Deus. Ao longo da história (e ainda hoje), houve mártires que sacrificaram a própria vida pela fé cristã. Qual seria a reação desses santos diante do ensino psicológico de que suas “necessidades” pessoais de aceitação, aprovação e prazer são mais importantes que o evangelho?

Conclusão

Joyce Meyer tornou-se uma escritora e pregadora extremamente popular, com uma longa lista de livros publicados. Essa breve resenha de dois de seus livros (publicados com um intervalo de 11 anos) mostra que os leitores não devem presumir que Joyce Meyer é tão “ungida” ao ponto de seus ensinamentos serem infalíveis. Ao contrário, muito do que ela diz é uma repetição da psicologia popular que hoje enche as prateleiras das livrarias seculares e cristãs. (Debbie Dewart, PsychoHeresy Awareness Letter - http://www.chamada.com.br)

Debbie Dewart é advogada. Ela mantém o site www.christiandiscernment.com, que oferece material esclarecedor sobre o conflito entre os ensinos bíblicos e as teorias/os métodos da psicologia moderna.

Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, junho de 2008.

Fonte: www.cacp.org.br

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Inimigo número 1 de Deus na Bíblia vira vilão em filme de ficção científica!



Produção do canal Sci-Fi transforma deus Baal em ameaça climática.
No antigo Oriente Próximo, divindade era considerada benigna.


O arqui-inimigo de Deus na Bíblia é o mais novo vilão da ficção científica -- e não estamos falando do Diabo. Uma produção do canal de TV a cabo Sci-Fi, que estreia nesta terça (7), às 23h, transformou o antigo deus cananeu Baal, cujo culto idolátrico seduzia os israelitas no Antigo Testamento, no pivô de sua trama.

O filme "Ba'al: o deus da tempestade", que será exibido simultaneamente em vários países da América Latina, é um thriller arqueológico no qual dois pesquisadores tentam recuperar amuletos místicos e evitar que a divindade -- a qual teria sido derrotada por seu pai -- recupere seus poderes e arrase o planeta com desastres climáticos.

Em entrevista coletiva por telefone, os protagonistas do filme -- o americano Jeremy London, que interpreta o arqueólogo Dr. Helm, e a canadense Stefanie von Pfetten, que faz a linguista Carol Gage -- dizem que a trama aborda apenas o lado mitológico de Baal, e não sua relação com os personagens bíblicos. "Essa fascinação com outros mundos é atemporal, sempre existiu e sempre vai existir", diz Von Pfetten. "A mitologia é sempre uma fonte de imaginação muito interessante, e é legal ver como os antigos mitos interagem com a história moderna", diz London.

Samba do crioulo doido

Ainda bem que os participantes da produção enfatizaram o lado fantasioso do filme, porque a trama realmente só usa os mitos originais sobre Baal (ou Ba'al; as duas grafias são possíveis) como um vago pretexto para a história. Para começar, o Baal do filme é um deus sumério (antiga civilização da Mesopotâmia, o atual Iraque), enquanto o Baal bíblico é venerado por culturas totalmente diferentes, nativas da Palestina, do Líbano e da Síria.


Os atores Stefanie von Pfetten e Jeremy London (Foto: Divulgação)

A linguista vivida por Von Pfetten também precisa descobrir a localização dos amuletos ligados a Baal decifrando o famoso Rolo de Cobre, um dos chamados Manuscritos do Mar Morto. O detalhe, porém, é que o Rolo de Cobre foi decifrado há décadas e não contém menção alguma a Baal, divindade que já tinha sido praticamente esquecida quando o texto foi escrito no começo da Era Cristã. Mas, de fato, o texto do Rolo de Cobre fala de um fabuloso tesouro, talvez retirado do Templo de Jerusalém.

Apesar das pesadas críticas ao culto a Baal feitas na Bíblia -- afinal, os israelitas, segundo a Lei de Moisés, deviam adorar apenas a Javé --, o deus não tinha nada de demoníaco, ao menos para seus adoradores. Baal era o deus da tempestade porque trazia a chuva para as terras secas do Oriente Próximo. Em vários mitos sobre ele desenterrados em antigas cidades da região, como Ugarit, Baal também tem um papel de organizador do Universo, derrotando em batalha deuses ligados ao caos primitivo, como Yam, senhor dos mares.

O consenso atual entre os estudiosos do texto bíblico também indica que o próprio culto ao Deus único israelita foi influenciado pela figura de Baal. Alguns paralelos importantes envolvem as chamadas teofanias (manifestações divinas) de Javé, nas quais ele é descrito cavalgando as nuvens de tempestade e derrotando o mar, igualzinho a Baal, assim como o lado guerreiro de Javé. Alguns salmos bíblicos parecem ser versões israelitas de antigos hinos em honra de Baal.

Fonte: G1

terça-feira, 7 de abril de 2009

PÁSCOA





Ed Stevens e James Trimm

Embora o nome "Páscoa" semanticamente derive do termo “Pessach” (do hebraico ‘passagem’), a festa cristã da Páscoa está muito longe do Pessach descrito na Bíblia. Apenas para facilitar a identificação, chamaremos de “Páscoa romana” a festa cristã, e manteremos o nome “Pessach” para o festival bíblico. O objetivo deste artigo é verificar se a “Páscoa” cristã é uma festa aprovada pelo Eterno Deus das Escrituras/Bíblia.

1 – ORIGEM DA PÁSCOA ROMANA

Sabemos que atualmente a “Páscoa romana” sofre alterações a cada ano. Tal fenômeno é explicado assim, em Schaff-Herzog Ency. O conhecimento religioso, Vol. 2, p. 682:

“A presente variação de tempo foi estabelecida pelo Romanismo primitivo misturado com um festival pagão muito antigo da primavera para a deusa da primavera. Esta data foi fixada no domingo imediatamente após o 14º dia da lua pascal que aconteceu sobre ou primeiramente após o equinócio vernal.”

No Concílio de Nicéia, mais uma vez vemos Roma adulterando as datas das Festas do Eterno Deus de Israel, para se distanciarem dos judeus, e coincidirem com os cultos aos deuses venerados pelo rei Constantino e sua turma.

2 – A “DEUSA” DA PRIMAVERA

A Babilônia "rainha dos céus", Semeramis, esposa de Nimrod, é a precursora de uma série de “divindades” de diferentes culturas: Astarte e da Vênus dos gregos, Juno do latin, Ashtoreth dos Sidonianos, Ishtar dos Babilônios, e de Eostre, deusa da primavera, dos primitivos Anglo-Saxões. Os druidas possuíam festivais religiosos em sua honra e ao deus-sol em Abril, chamando de a “Easter Monath”. É desta expressão que vem a palavra “Páscoa”, que vergonhosamente foi colocada como tradução de “Pessach” em algumas traduções populares da Bíblia para o Inglês chama-se ‘Easter’ (como a King James, por exemplo).

A deusa Ishtar, ou Eostre, foi adorada como sendo a deusa do amor e da fertilidade, e como a vida da natureza. Na mitologia babilônica esta "rainha dos céus" foi adorada como a deusa do impulso sexual. Na Enciclopédia Hastings de Ética Religiosa, p. 117, nós lemos sobre essas "antigas páscoas":

“Um banquete de primavera com celebração, festa. Estas ocasiões eram marcadas com uma grande liberação sexual”. Esta é a maligna adoração fálica à qual o Eterno Deus de Israel se refere em Isaias 57.5-8 e Ezequiel 16.17. Os "bosques" mencionados como os "lugares altos" onde Israel freqüentemente se prostituía em idolatria (Salmos 106.28-39) eram as imagens e os lugares onde aconteciam esses festivais para a "rainha dos céus”. A palavra "bosques", encontrada quarenta vezes na versão King James, em inglês, vem da palavra hebraica “asherah” e é associada sempre com a adoração de Astarote, aliás Ishtar, Eostre, Easter, a deusa da primavera.

3 – ORIGEM DA “QUARESMA”

A chamada "quaresma” é uma prática de origem puramente babilônica. No inglês, esta época é chamada de “Lent Season”, e vem da palavra saxônica "Lenct", significando "primavera. "As religiões pagãs primitivas do México também comemoram quarenta dias em abril. A origem desta comemoração está nos quarenta dias no equinócio vernal em Abril, celebrados pelos adoradores do demônio do Curdistão, em honra ao deus-sol. Esta prática foi trazida da Babilônia em 2000 aC. Sua origem está no “lamento por” Tamuz. O deus-pagão Tamuz era supostamente a reencarnação do marido de Ishtar/Semíramis, chamado Nimrode. Na primavera, celebrava-se o renascimento dos mortos. Era um tempo de lamentação seguido por um dia de alegria. O Eterno Deus condenou Israel por tomar parte nessa celebração como vemos em Ezequiel 8.13-14: "Ele me disse: Ainda tornarás a ver maiores abominações, que estes fazem. Então trouxe-me à porta da casa do SENHOR que estava para o norte, e estavam ali mulheres sentadas chorando a Tamuz".

4 - COSTUMES MODERNOS DE PÁSCOA

Uma boa pergunta: que conexão tem colombas pascais, ovos, coelhos e roupas novas com a ressurreição de Yeshua HaMashiach/Jesus o Messias? Obviamente que a resposta é: Absolutamente nada! A origem moderna da "Colomba pascal", um bolo feito em forma de cruz, é suficientemente explicada em Jeremias 7.18; 44.17-19:

“As crianças recolhem a madeira e os pais acendem o fogo e as mulheres preparão sua massa de pão, para fazer bolos à rainha dos céus e para derramar as oferendas de bebida a outros deuses, isto eles fazem para provocar Minha ira, diz o SENHOR”.

A ira de DEUS está certamente sendo provocada quando os que se dizem seus seguidores praticam costumes pagãos em relação à ressurreição de Seu filho amado Jesus Cristo.

4.1 – OVOS DE CHOCOLATE

O costume de dar ovos em Abril provavelmente vem da teologia e dos costumes encontrados entre os egípcios, persas, gauleses, gregos e romanos, entre os quais o ovo era um símbolo do universo — o trabalho do ser supremo. Tingir os ovos pode ser proveniente dos Chineses. Os ovos eram o símbolo sacrificial dos druidas. Roma, mais uma vez fazendo adições à Palavra do Eterno, consagrou o ovo como sendo o símbolo da ressurreição do Messias. O papa Paulo V ensinou os povos a orar a seguinte abominável “oração” na “Páscoa romana”: “Abençoa Senhor, nós te pedimos, a criatura deste ovo, que possa se transformar em sustento completo aos teus servos, que comem em memória do nosso Senhor Jesus Cristo”.

Os antigos babilônios acreditavam que um ovo caiu do céu no rio de Eufrates e os peixes o rolaram à costa onde as pombas o fizeram chocar e de onde saiu "a rainha dos céus", Ishtar. Desta forma, o ovo transformou-se num símbolo de Ishtar, deusa muito adorada pelos antigos, e é usado hoje por cristãos que a chamam "a mãe de Deus", enganados e iludidos pensam que estão celebrando uma festa santa! Não é à toa que as Escrituras dizem que Satanás se transforma até em anjo de luz quando se trata de tentar enganar as pessoas!

5 – O COELHO

A moda do coelho na Páscoa pode ter sua origem num paganismo antigo originário da região onde hoje fica a Alemanha. Às crianças eram dito que se fossem boas, um coelho branco colocaria dentro de suas casas enquanto elas estivessem dormindo, e em segredo, o maior número de lindos ovos coloridos, em cantos ímpares da casa. Assim, aparentemente teve inicio a inocente "caça aos ovos de Páscoa" das crianças. O coelho, para os antigos, era um símbolo da lua (a ligação entre o sol Venus ou Ishtar), ele que é um animal noturno. A lebre é o único coelho que nasce com seus olhos abertos. A palavra egipcia para lebre é "un", que significa "abrir". Assim, a lebre foi associada com a abertura de uma estação nova, a primavera, em Abril, no equinócio vernal. As lebres e os ovos eram também usados como simbolismo no Egito na abertura de seu ano novo, em que os ovos eram quebrados cerimonialmente.

6 – MISSA DO GALO

Por fim, e os serviços religiosos ao nascer do sol na “Páscoa romana”? Isso é uma condenação divina? Deus aprova? Vejamos o que diz a Bíblia. Quando Israel desejou fazer "serviços ao nascer do sol", o Eterno Deus expressou Sua desaprovação em Ezequiel 8.15-18:

"Ainda tornarás a ver maiores abominações, que estas que fazem. E levou-me para o átrio interior da casa de DEUS, e eis que estavam à entrada do Templo de DEUS, entre o pórtico e o altar, cerca de vinte e cinco homens, de costas para o Templo de DEUS, e com os rostos para o oriente; e eles, virados para o oriente adoravam o sol... ainda que me gritem aos ouvidos com grande voz, contudo não os ouvirei”.

Lendo isto na Bíblia e sabendo que o deus-sol, Ba’al, ou Tamuz, o "marido-filho" de Semíramis (Ishtar) e o seu culto idólatra estão por trás do princípio da adoração a praticamente todos os deuses pagãos, o seguidor sincero de DEUS não pode tomar nenhuma parte em rituais de “Páscoa” feitos por um mundo que rejeita o Messias/Jesus, pois o Eterno Deus nos proibiu de misturarmos sagrado com profano, e sabemos sem sombra de dúvida da origem pagã desses costumes:

"não tenha comunhão alguma com os trabalhos infrutíferos da escuridão, mas antes reprove-os" (Ef 5.11). A Bíblia nos lembra: "Não seguirás uma multidão para fazeres o mal" (Êx 23.2). E o próprio Jesus disse: "porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação" (Lc 16.15). Lembremo-nos das palavras de Paulo, de que não devemos misturar o que é pagão às coisas de Deus: "Não vos prendais a um jugo desigual com os incrédulos; pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? ou que comunhão tem a luz com as trevas? Que harmonia há entre o Messias e Belial/demônio? ou que parte tem o crente com o incrédulo? E que consenso tem o santuário de Deus com demônios? Pois nós somos santuário do Deus vivo, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo" (2 Co 6.14-16).

E ainda: "E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus" (Rm 12.2).

Ed Stevens e James Trimm
Fonte: www casaisrael.com

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Bebê morre sem receber alimento porque não dizia “amém”




Uma americana que interrompeu a alimentação do filho de 1 ano e 4 meses porque ele deixou de falar “amém” antes das refeições, admitiu a culpa na morte da criança, em Baltimore, no Estado de Maryland.

Ria Ramkissoon, 22 anos, faz parte de um culto chamado 1 Mind Ministries (Ministérios de uma mente, em tradução livre), cuja líder, Queen Antoinnette, havia ordenado em janeiro de 2007, que o bebê não fosse alimentado enquanto não dissesse “amém” antes das refeições. A criança morreu de inanição.

Segundo os promotores do caso, os membros da seita diziam que o bebê estava possuído pelo demônio.

Ria foi condenada a 20 anos de prisão e a cinco de condicional, mas o juiz disse que ela terá a pena reduzida se aceitar testemunhar contra os membros da seita.

O acordo para a redução da pena inclui que ela passará por um programa para se desligar do culto. Segundo os promotores, Ria ainda teria insistido que a Justiça concorde em reduzir sua pena se ela conseguir “ressuscitar o bebê”.

“Isto foi algo que ela insistiu e é um claro indicativo de que ainda é vitima deste culto. E até que se desligue de sua influência, não pensará diferente”, disse o advogado de Ramkissoon, Steven Silverman, em entrevista à uma rede de TV local.

Segundo o jornal local Baltimore Sun, a promotora Julie Drake relatou que depois da morte do bebê, a líder da seita ordenou que ele fosse colocado em um sofá enquanto membros do culto oravam ajoelhados e a mãe dançava em volta do corpo.

Uma semana após a morte, o corpo da criança foi embalado em um cobertor e transportado com o grupo dentro de uma mala para a Filadélfia.

Segundo os relatos, a mãe teria orado por mais de um ano ao lado do corpo da criança para que ela ressuscitasse. O corpo foi encontrado em abril de 2008.

O julgamento de Antoinette, 40 anos, e de outros três membros do culto estava marcado para a segunda-feira, mas foi adiado porque eles não têm representantes legais.

“Deus é meu defensor”, teria dito a líder da seita.

Fonte: Terra / Gospel+

A cidade do livro




É de encher os olhos a animação que a editora Forth Estate, pertencente à HarperCollins, da Inglaterra, criou para comemorar seu 25º aniversário. “City of Books” é um stop-motion muito bem feito, que mostra uma cidade onde tudo é feito de livros. Prédios, pessoas, calçadas e até os pássaros foram criados com páginas, palavras e capas de mais de 1.000 livros de verdade. Cada movimentozinho que você vê foi fotografado, um trabalho de 2 semanas que envolveu 20 animadores, trabanhando em turnos. No final do filme vemos a frase “this is where we live”, algo como “é aqui que a gente vive”. Ao retratar um mundo feito de histórias, a editora também quis fazer uma homenagem a todos os amantes dos livros. Existe numerosas “piadas” ao longo do curta.

Acesse o vídeo aqui.

Paz e bênçãos...

Editora Contextualizar

Recados do céu para você!

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